domingo, 19 de fevereiro de 2023

Um Dia A Conta Chega

 Um Dia A Conta Chega

E então você piscou os olhos 

E quem o fitava de volta 

Naquele odioso espelho 

A apontar o seu maior sabotador

Cuja ingenuidade não quis perceber 

Que um dia de cada vez 

Traz na amarga conta final 

Uma vida vivida de agoras 

Sem chance de voltar a um tempo 

Que nunca terá sequer existido 

Porque eu , você e tempo

Somos uma invenção 

De um pretérito criador 

Gestado por inspiradas mentes 

Há muito esquecidas 

Na frieza infinita do espaço. 

( Luís Roder )

sábado, 18 de fevereiro de 2023

Desconectados

 Desconectados


Conectamos o mundo todo
Unidos por redes invisíveis
Em que as distâncias encerraram
E, paradoxalmente, criaram abismos
De muros feitos de algoritmos,
Muitas vezes sentados curvados
Lado a lado de olhos fixados
Em um mundo que só existe
No além do arco-íris
Cuja estrada de pixels
Ruma para caminhos opostos
Presencialmente desconectados
Uns dos outros.

( Luís Roder )

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Na Floresta Digital

 Na Floresta Digital 


No novo mundo digital,

Feito de ilusões e pixels, 

Assim como a árvore 

Que caiu na floresta 

E ninguém viu...

Logo não caiu.


Se você não postou nos stories ...

Também nunca existiu.


( Luís Roder )

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Retrotopia

 Retrotopia


É na inabilidade de vislumbrar
Dias de um futuro melhor
E resignadamente constatar
Que nada restou a sonhar ...
E então nosso triste olhar
Se volta para um passado
Idealizado em uma lembrança
Cuja imprecisão só faz jus
A uma infantil necessidade
De idealizar o que já passou .

( Luís Roder )

terça-feira, 5 de outubro de 2021

A Vida É Curta

 A Vida É Curta 


Não importa por quanto ela se estenda
Todos sabemos o quanto ela é curta
E por mais que façamos
Durante esta vã tentativa
De dar sentido a isto ,

Tentando preencher este espaço finito
Com realizações fictícias,
Pois assim o são,
Por mais reais que pareçam,
Elas não poderão dar conta
De todas as possibilidades,

Em um incessante processo ,
Entre erros e acertos,
Cujas satisfações fugazes
Ficam vazias nas mentes insaciáveis

Empilhadas de acordo com a vontade voraz
De um grupo crescente de animais
A se julgarem diferentes dos demais
No seu contínuo procriar ,
Acumular e descartar.

Mas de nada adianta.
Uma hora ou outra, em um segundo,
Tudo se encerra num piscar
De olhos incrédulos
Que jamais se abrirão de novo.

( Luís Roder )

Sem Ponteiros

 Sem Ponteiros ...


Este agora que é um presente
De um futuro do passado
Que será um passado no futuro ,
Traz em um moto perpétuo ,
Das distorções entre um tempo
Em um espaço multidimensional ,
Uma percepção distorcida
De uma tênue noção de uma realidade,

A se contorcer de acordo com as mentes
E medirem tudo de acordo
Com percepções egocêntricas ,
Ora rápidas,
Que só a mente pode trazê-las
De um ponto de vista impreciso
Ora devagar,
A ponto de esticar um momento
Até que ele maqueie a sua real imagem...

Onde o aqui e agora
Já foram ...
Mas também ainda serão
Sem nunca terem deixado de ser
Apenas um só
Em um relógio sem ponteiros...

( Luís Roder )

Obsolescência Programada

 Obsolescência Programada 


É saber que antes de começar
Já há prazo para acabar.
É iniciar em contagem regressiva
Avançando em direção do fim.
Uma história a se consumir
Cuja epopeia fugaz não entretém.
É a vela a iluminar uma escuridão
Que sempre triunfa no final.
Deixando de existir
Sem sequer ter sido...

( Luís Roder )

sábado, 4 de setembro de 2021

Linearidade Oscilante

 Linearidade Oscilante


Uma mente conturbada

A oscilar intermitentemente

Em uma frequência constante,

De instante em instante,

Cujas alternâncias opostas

Denunciam um padrão racionalmente irracional,


Em que um pensamento pode vagar

Por meandros de um labirinto obtuso

Repletos de teorias conspiratórias

E megalomaníacas manias...


Dos ceus de uma euforia sufocante

Aos porões do descontrole

De uma frustração anterior

Carregada inutilmente nas costas cansadas

De quem não sabe 

Quem  na verdade é. 


E a personagem construída

Neste extenuante processo

Não se reconhece mais 

Nos seus próprios olhos

Refletidos tristemente

Em um espelho quebrado.


( Luís Roder )

terça-feira, 8 de junho de 2021

Eco do Ego

 Eco do Ego


E há aqueles 

Sempre a pedirem 

Opiniões inúteis 

Cujas palavras 

Soam inaudíveis 

Aos surdos ouvidos 

Daqueles que só têm 

Um som ecoando,

Intensamente ,

Dentro de uma obsessiva cabeça...


Pois não adianta nada 

Falar com quem 

Só ouve a própria voz.


( Luís Roder )

Aphantasia

 Aphantasia 


Você fecha os olhos 

Se concentra profundamente ...

E as formas não se desenham 

E tudo o que você precisa projetar

Fica refém da mente consciente 

Que tanto engana seu piloto 

A levá-la por aí interpretando tudo

Ao seu bel prazer de ver

Somente aquilo visível apenas

Aos implacáveis olhos externos

Cuja verdade pode ser enganada

Por imagens restritas à realidade 

Onde as suas infinitas camadas subjetivas 

São soterradas ao raso da percepção...

É a cegueira dos olhos da mente.


( Luís Roder )

Maternidade

 Maternidade 


Uma mãe é estrela 

A carregar uma nova história 

Dentro da sua própria galáxia 

Cujos laços cortados 

Depois do primeiro choro 

De um Bing Bang pessoal 

Ecoarão em comunhão 

Por todo o Universo 

Até que um dia 

A poeira estelar 

Se amalgame novamente ...


( Luís Roder )

Universalismo Natural

 Universalismo Natural


Estamos vivos dentro do Universo,

Como células dentro do corpo,

Cumprindo o seu ciclo natural

E abandonados à própria sorte...


Tentando desesperadamente 

Dar sentido a este abandono .

Desejando , em vão, preencher 

Um imenso vazio existencial,


Justamente por termos descoberto 

Esta condição solitária nos ciclos, 

Neste trágico eterno retorno,

A se repetirem incessantemente... 


Onde não fomos a lugar nenhum ,

Procurando ansiosos por algo 

Que nunca sequer se perdeu 

Porque também nunca existiu. 


( Luís Roder )


Quebrando A Bolha

 Quebrando A Bolha 


Se você vive em uma bolha 

De uma parcial realidade 

Cuja o alcance só vai

Até onde seu limitado olhar

Conseguiu com dificuldade enxergar 

Um obscuro plano horizonte ...


Então é preciso estudar com afinco 

As suas delicadas estruturas 

E com uma ousada curiosidade 

Quebrar a confortável segurança 

Daquele casulo de conformidades 

E assentidas concordâncias ,


Onde queremos ouvir apenas 

O nosso eco em outras vozes

Em que a dissonância assusta

Por trazer um novo e discordante som 

Diferente de tudo o que já chegou 

Aos nossos mimados ouvidos. 


E, às vezes, é preciso desconstruir 

Para surgir uma bolha ainda maior 

A abrigar estas novas verdades, 

Variáveis e transitórias, 

Cuja inevitável acomodação 

Criarão uma nova falsa sensação 


De uma arrogante e inalcançável 

Verdade absoluta e imutável 

Em que a metamorfose final acontecerá 

Onde bolhas sucessivas estouradas

Nas pontas dos dedos infantis de uma curiosa inocência 

Deixarão de existir no céu de um jardim maior. 


( Luís Roder )

segunda-feira, 15 de março de 2021

Biofilia

 Biofilia 

Maaaaaaano!...
O mesmo ser que disse:
"Amai-vos uns aos outros... "
Também construiu campos ,
Alguns de diversas flores 
E outros bem específicos 
Feitos de escravizados humanos ,

Com suas diferenças tão tênues
Vistas de tão longe no Universo 
Mas tão gritantes a eles
Sob o implacável microscópio 
Do árduo convívio existencial .

Dividiu e cercou outros iguais 
Ao julgar seus detalhes 
Tão diferentes e insuportáveis 
Em seus duvidosos critérios 
De separação e compartimentabilização 
De igualdade frente ao Sol.

E assim continuou em frente
A sua marcha triunfante
Sem ao certo saber aonde ir
Poluindo os mares e as terras,
Consumindo tudo sem medir
As inevitáveis consequências 
Das suas duvidosas escolhas.
Olhou para o céu desejando as estrelas 
E mandou os seus pares 
A caminharem na solidão da Lua.

O seu egoísmo narcisista 
Cria da arte à guerra, 
Transtornando e moldando
Transformando e emoldurando,
Incessantemente, 
Um retrato final irreconhecível 
Que um dia será tomado ,
Em silenciosa vingança ,

Por plantas e seres remanescentes 
Cuja resiliente vitória
À destrutiva trajetória 
Em busca de uma consciência 
De uma cega ratificação 
Que só podia ser validada
Na surdez do outro narcisista ator,
O qual sequer olhava de verdade 
De volta ao ambíguo semelhante...


E perdidos egocêntricos umbigos 
Rodeados de tralhas inúteis 
Criadas para dar sentido a um vazio 
Impossível de ser preenchido ,
Justamente por não existir nada
Além da sua débil mente curiosa...

( Luís Roder )

Corrosão Moral

Corrosão Moral

O filho de um anjo
Com um demônio
Procurou incessantemente
A sua marca de Cain
E na própria mitomania
Nunca a encontrou .

Evitando o toque humano
Mas sorvendo o sangue
Daqueles cuja pueril confiança
Com falsas promessas
Foram traídos implacavelmente
Sem o menor remorso

A declarar insanidade
Do seu frio calculismo
Por acreditar na inocência
Da ausência de um corpo.
Mas no final a justiça
Balançou seus planos ao vento.

( Luís Roder )

domingo, 14 de março de 2021

Epifania

 Epifania 

No abismal espaço
Entre o micro e o macro,
Descobrimos tardiamente,
Em espantosa epifania ,
Não sermos nada!

( Luís Roder)

quarta-feira, 3 de março de 2021

Um Verão Inesquecível

Um Verão Inesquecível


Ando à noite a esmo

Pelas ruas da cidade abafada.

Disparo as minhas frustrações 

Em tudo aquilo que desejo

E no vazio por não tê-las

As destruo sem hesitar.


Mas os rastros deixados

Onde não devia ter estacionado

Levaram aos gritos de horror

Trocados por repetidos latidos

A ordenarem um comando

À uma mente descontrolada


Ansiosa por arrumar 

Um culpado externo

Cujas débeis desculpas

Não convencem a ninguém

Mas trazem de modo tardio 

Um melancólico reconhecimento.


( Luís Roder )


sábado, 20 de fevereiro de 2021

A Carne Está Acabando...

 A Carne Está Acabando...


Nas profundezas da Web

Em um café digital

Um jantar é marcado

E dois passados se encontram

Em que um presente é ofertado

Onde somente um restará

Em uma história assustadora

A ser embalada e guardada

Não na memória

Daquele peculiar chef.


( Luís Roder )

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Feitiço Final

 Feitiço Final


Nas noites quentes do deserto

Os ingredientes sagrados

Eram recolhidos  a esmo

Pelas ruas empoeiradas

E separados pelo facão

Para a poção de proteção

Daqueles cujo o terror

Só não era maior

Do que aquele xamã

Cuja magia residia

Em propinas aos inimigos

De uma proteção inexistente.


( Luís Roder )

sábado, 6 de fevereiro de 2021

Pedaços de Mim

 Pedaços de Mim

Eu tento encaixar os pedaços de mim
Espalhados pela vida
Em seus desencontrados caminhos...

E sei que eles deveriam se encaixar
Mas não sou mais o mesmo
Cujos estilhaços os formaram

E agora eles ainda se encaixam
Mas formam novas peças
Que funcionam em novas formas diferentes

Onde me questiono se quero isso
Ou se tudo vai desmoronar
Sobre essa desconhecida pessoa 

Cuja constante desta verdade volátil
Segue em frente sem deixar de ser
A forma original desta peça fraturada...

( Luís Roder )

quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

Ah Velhinho...

 Ah Velhinho...


E com o mesmo bom humor de sempre 
Nos saudamos com os nossos pseudônimos 
Atravessou a rua com as pernas cambaleantes
E com a voz fraca já buscando um pouco de ar
Fez o que não imaginávamos ainda
As suas últimas pueris brincadeiras 
A tentar aliviar a apreensão e tensão 
Do momento que seria o derradeiro 
E deixou uma saudade imensa 
Além de um surpreendente sorriso final 
De ouvir as repetidas histórias 
As quais foram tristemente caladas 
Não para sempre porque sempre o carregaremos
Aqui conosco em nossas mentes e corações 
Infinitamente...
Até que um último abraço aconteça 
Sem nos darmos conta 
Que era um de despedida .

( Luís Roder )

 Capricórnio Ascendente Em Touro


E na hora determinada pelo Universo ,
De cinco em cinco minutinhos 
De preciso atraso calculado ,
Os caminhos traçados e escolhidos
Por ninguém mais além de ti,
Fruto do amor incondicional e caótico ,
Construíram alguém ímpar 
Senhora das suculentas e animais
Cuja doçura e altruísmo 
Cantam e dançam tua contagiante alegria 
Pelos quatro cantos na busca 
De ser feliz sem invadir 
O respeitado espaço alheio, 
Exceto o do sofá, 
Em que cada um poderá ser
Aquilo que desejar ser
E nunca terão 
Um único olhar judicioso
Destes doces olhos 
Cujo feitiço me alegra
E me faz querer 
Cada vez mais a ti!

( Luis Roder )

Atenção Histérica

 Atenção Histérica 


Em todas as situações 
Existem dois tipos de pessoas:
Aquelas que chegam em silêncio, 
Pois têm muito a dizer
Ou aquelas que precisam 
Do escândalo vazio, 
Pois é só isso 
Que sempre tiveram a oferecer .

( Luís Roder )

Buscando Uma Saída

 Buscando Uma Saída 


Quando se perdeu sem volta
No intrincado labirinto da mente...
A psicanálise passou a ser
O seu último recurso 
Para a armadilha existencial 
Que o homem armou 
E justamente na hora de sair dela 
Foi preso pela cauda ,
Aquela a qual caiu na evolução,
E agora tudo o que resta 
É olhar de volta para o abismo ,
Cujo o olhar penetrante não desvia 
Pois quer desvendar este estranho ser
Que ousou encará-lo sem saber 
Da encrenca em que se meteu. 

( Luís Roder )

Smartphone Zombies

Smartphone Zombies 

Andando por aí ,
Murmurando respostas sem nexo 
Aos interlocutores perplexos
Nas suas formas em f minúsculo 

Em inconsciente homenagem 
Ao Grande Irmão ,
Cuja suspeita onisciência 
Feita de código binários 
A registrarem a ausência 
De uns ao lado dos outros 

Se trombando , mas só se vendo
Em fotos e curtidas irreais 
De uma grande mentira 
Vendida como verdade absoluta .

( Luís Roder )

Até Que A Morte Os Reate

 Até Que A Morte Os Reate 


Depois de tanto sofrer
E se perder em teorias 
Cujas conspirações gestadas 
Em uma mente fragilizada 
Pelas insensíveis pancadas 
Das derrotas não assimiladas 
De uma vida dura e seca

Onde a visão construída 
De si e do em torno 
Deram uma volta completa 
Entre admiração, amor,confusão, 
Ódio e redenção ...
E o ciclo se fechou 

Por não ter mais como voltar atrás 
Desfazendo tudo o que imaginava
Ser a única forma de viver e agir 
E por não conseguirem se ouvir
Restando um prolixo monólogo 
Que ninguém quer sequer ouvir...

( Luís Roder )

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

De Paciente A Doutor

 De Paciente A Doutor

Nas ruas de Paris escondidos
Em um porão imundo
Os restos queimados de fugitivos
Que não foram além
Das vacinas mortais
Cuja imunidade traria
Uma nova chance de dignidade
Àqueles que eram perseguidos
E foram iludidos pelo Doutor
Que na verdade nunca tinha deixado de ser
Um paciente sem moral ou misericórdia
Em que a única coisa a se importar
Era o ganho fácil a qualquer custo.

( Luís Roder )

Patética Grandiosidade

Patética Grandiosidade

O que começou com uma vingança
De uma infância pobre e sofrida
Cresceu em números e mentiras
A mendigar uma atenção tardia
Onde a falta de intelecto
Não queria dizer falta de esperteza

Em manipular aqueles cujos interesses
No sentido de colocar uma pedra definitiva
Sobre histórias mal resolvidas
Conflitantes e concomitantes.
Estando ao mesmo tempo
Em dois lugares opostos e distantes.

Se tornando o maior mentiroso de todos
Escondendo inúmeras verdades 
Entre todas essas falsas alegações
De uma patética grandiosidade
Em uma obra sugerida pelos cowboys
A um confessador serial.

( Luís Roder )

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

Revivendo Um Pesadelo

 Revivendo Um Pesadelo

À noite ele espreitava nas ruas
Com seu martelo a sentir-se um deus,
Cuja imagem construída de si 
Não correspondia à realidade,

Em que os traumas da infância
Construíram uma mensagem distorcida
De que as mulheres sozinhas,
Não mereciam o seu respeito.

Em uma misógina sociedade
Cuja impotência em protegê-las 
As tornaram em sucessivas vítimas 
Ao investigar as falsas pistas deixadas

Por uma caminho feito de corpos,
Mas que não impediram a volta
No terror do seu inconsciente coletivo
Da macabra figura homenageada.

( Luís Roder )


quarta-feira, 15 de julho de 2020

A Era da Mentira

A Era da Mentira

E no constate e incessante
Processo evolutivo(?)
E concomitantemente destrutivo
Dessa tal raça
Autoproclamada superior(?)
A Ratificarem a passagem
Da chamada Era Digital,

Com tantas mentiras
Acerca de si
E ao seu redor,
E não quer dizer
Que já não o fizesse antes,

Mas agora aos olhos de todos
E nas pontas dos indicadores
A apontarem aos opositores
Verdades escolhidas cegamente
Que não correspondem
À realidade.

Mas o que é a Verdade?
Hoje em dia ,
Com absoluta certeza,
Senão a Mentira
Por detrás de uma Máscara.

E assim seguimos
Triunfantemente melancólicos
Rumo ao obscurantismo
Do que poderia ter sido o apogeu
De uma história um dia esquecida.

( Luís Roder )